Com a autorização da ANVISA e revisão de literatura, a FEBRASGO (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia) recomenda:
- A segurança e eficácia das vacinas não foram avaliadas em gestantes e lactantes, no entanto, estudos em animais não demonstraram risco de malformações.
- As vacinas não são de vírus vivos e têm tecnologia conhecida e usada em outras vacinas que já fazem parte do calendário das gestantes como as vacinas do tétano, coqueluche e influenza. Ou seja, as vacinas disponíveis são categoria B e que nos estudos realizados em animais não foram observados eventos teratogênicos.
- Para as gestantes e lactantes pertencentes ao grupo de risco, a vacinação poderá ser realizada após avaliação dos riscos e benefícios em decisão compartilhada entre a mulher e seu médico prescritor.
- As gestantes e lactantes devem ser informadas sobre os dados de eficácia e segurança das vacinas conhecidos assim como os dados ainda não disponíveis. A decisão entre o médico e a paciente deve considerar: o nível de potencial contaminação do vírus na comunidade; a potencial eficácia da vacina; o risco e a potencial gravidade da doença materna, incluindo os efeitos no feto e no recém nascido e a segurança da vacina para o binômio materno-fetal.
- As gestantes e lactantes do grupo de risco que não concordarem em serem vacinadas, devem ser apoiadas em sua decisão e instruídas a manterem medidas de proteção como higiene das mãos, uso de máscaras e distanciamento social.
- Para as mulheres que foram vacinadas inadvertidamente e estavam gestantes no momento da administração da vacina, o profissional deverá tranquilizar a gestante sobre a baixa probabilidade de risco e encaminhar para o acompanhamento pré-natal. A vacinação inadvertida deverá ser notificada no sistema de notificação e-SUS notifica como um “erro de imunização” para fins de controle.
Portanto, a Febrasgo esclarece que puérperas e lactantes podem tomar a vacina com segurança, se forem convocadas para tanto.
Fonte: Febrasgo
Publicado em: 18 de janeiro de 2021